quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Fla e Flu dividem a hegemonia da primeira década. Vasco foi o pior carioca



Quase toda discussão sobre futebol se resume em apontar o melhor ou pior time. Quem tem mais títulos, quem é mais tradicional e por aí vai... No fim das contas, o que um torcedor quer é esfregar na cara do outro que o time dele é melhor, tirar um sarro, sacanear o adversário. Isso faz parte do Futebol. Mas, nem tudo é justificável em dados, em títulos. Futebol vai além disso, como outras tantas coisas na vida. Eu não amo minha noiva por uma séria de prós e contras que levanto, pelos benefícios que ela me oferece e pelo somatório de coisas que ela já fez por mim. A amo também pelos defeitos, pelas manias e até pelas brigas que temos. Assim é a relação de um torcedor com seu clube. 

Mas, dando corda para essa discussão de quem é melhor ou pior (entre os quatro grandes cariocas), acredito que cada time, cada geração teve um clube com maior ou menor destaque. Não baseado na maior ou menor tradição e no tamanho da sala de troféus, mas no elenco formado pelo clube, no poder aquisitivo, na infraestrutura, em fatores muito mais relacionados a capacidade de gestão empresarial e técnica. 

Fato é que os quatro grandes do Rio são equipes tradicionais, com títulos importantes e torcidas significativas. Não dá para resumir essa discussão à sala de troféu de cada clube, até porque não são os troféus que vão entrar em campo e jogar pelo time atual. Não são os vultos dos grandes ídolos que vão jogar. Eles hoje ou estão mortos ou aposentados.

Zico liderou o Fla na década de 80

O time de Zico e Cia foi o melhor do Rio na década de 80, mas na década de 70 foi a Máquina Tricolor de Tostão e Rivelino que comandava o futebol do Rio. E em 90 o Vasco de Mauro Silva, Edmundo. Em 50 o Bota de Garrincha. E na primeira década do século XXI (2001-2010)?

Em 70 Rivelino era o grande craque da "Máquina Tricolor"

Eu fiz um levantamento, pesquisando no site dos clubes, enciclopédias online e etc. Resolvi fazer uma comparação em três âmbitos: Estadual, Nacional e Internacional. Vamos lá!

Estadual

O único critério adotado aqui foi o número de títulos. Por se tratar de um campeonato envolvendo poucos times da série A Nacional (só os quatro grandes) não achei que valia à pena dar crédito para um vice ou terceiro lugar (o número de vices só entrou na avaliação como critério de desempate). Assim atribui um peso o título em pontos. O Campeão leva seis pontos por título.

No tira-teima dos clássicos, o Fla levou ampla vantagem na última década. Venceu o mesmo número de estaduais que a soma de seus rivais. Conquistou cinco taças enquanto Bota e Flu duas e Vasco apenas uma.  De quebra os rubro-negros ainda acabaram ultrapassando os tricolores no número total de campeonatos (32 contra 30). Assim:

1º - Flamengo    =   30 pontos (5 Estaduais)
2º - Botafogo     =   12 pontos (2 Estaduais) *A frente do com 3 2º lugares)
3º - Fluminense  =   12 pontos (2 Estaduais) *Atrás do Botafogo por ter um 2º)
4º - Vasco         =   6 Pontos  (1 Estadual)  

Nacional

O argentino Conca e seus passes precisos presentes em todas as 38 partidas do Brasileirão de 2010 levaram o Flu ao título, após 26 anos.
Já no que diz respeito a campeonatos nacionais só levei em consideração os campeonatos que ainda são disputados. Copas Rio-São Paulo, por exemplo, quase não estiveram presentes na última década e para não gerar confusão só levei em consideração a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro de pontos corridos (que assumiu esse molde em 2003).

Aqui não há vantagem significativa entre a dupla Fla Flu para que seja apontado o clube com maior destaque nacional. Fato é que ambos foram mais expressivos que a dupla Vasco e Botafogo. Fla e Flu igualaram o número de conquistas: um Brasileiro e uma Copa do Brasil cada um. Vasco e Bota passaram em branco.

Só para estabelecer uma ordem em uma lista, usei como critério a pontuação média de cada clube entre 2003-2010. Mas, repito: dou o primeiro lugar à Dupla Fla-Flu por não haver diferença significativa.


1º - Flamengo     (1 Brasileiro, 1 Copa do Brasil)
2º - Fluminense   (1 Brasileiro, 1 Copa do Brasil)
3º - Vasco           (Nenhum título nacional na década)
4º - Botafogo      (Nenhum título nacional na década)

*O critério de desempate foi o desempenho dos Clubes na média de pontos obtidos nos campeonatos já da era de pontos corridos 2003-2010. Desconsiderei 2001-2002 por ser um formato diferente. Assim: 

1º Flamengo      =   58,22 
2º Fluminense   =   57,55
3º Vasco            =   54,37
4º Botafogo       =   53,25

Internacional

Falar de destaque internacional é algo complicado poque faz tempo que um carioca não ganha nada lá fora. Pelo ranking da Conmembol o carioca mais bem classificado dos últimos anos é o Flu. Em 15º graças à presença em três Libertadores da América (nos últimos cinco anos), chegando à final em 2008 e às quatro participações na Copa Sul-Americana, com presença na final em 2009. Segue o Flu o Flamengo, que ficou em 19º. Vasco e Botafogo ocupam respectivamente 32ª e 33ª posições. 

Bem, como não sei os critérios utilizados pela Conmembol, resolvi estabalecer uma tabela de valores e montar um ranking baseado em número de participações e desempenho nas duas competições. Mais uma vez vou excluir da avaliação outras competições similares. Estou contabilizando apenas a Libertadores e a Sul-Americana já que outros campeonatos, como a copa Mercosul, foram mais significativos na década de 90 e mudaram de nome e formato.

Entre as duas competições estabeleci um sistema de pontuação bem simplório, uma tabela de pontos baseado no avanço em cada competição. Por ser mais relevante, a Libertadores vale o dobro da Sul-Americana. A tabela é esta:

Libertadores

- 1ªFase                   =   20
- Oitavas-de-Final   =   50

- Quartas de Final   =   60
- Semi-final              =   70
- Final                       =   80
- Campeão              =   100

Sul-Americana



- 1ªFase                    =   10
- Oitavas-de-Final    =   25

- Quartas de Final    =   30
- Semi-final               =   35
- Final                        =   40
- Campeão               =   50

No período entre 2001 e 2010 o Flu disputou uma Libertadores (2008), na qual foi finalista. Em relação à Sul-Americana foram quatro participações (oitavas-de-final em 2003 e em 2006, quartas-de-final em 2005 e finalista em 2009). O Fluminense somou então:

                                                      80 + 25 + 25 + 30 + 40 = 200 pontos

O Flamengo esteve mais presente na Libertadores, porém com resultados pouco expressivos. Disputou a competição em 2002, ficando na 1ª fase, alcançou as oitavas-de-final em 2007 e 2008 e teve como melhor resultado as quartas-de-final em 2010. Já pela Sul-Americana o Flamengo jogou três vezes, nunca passando da 1ª fase:

                                                20 + 50 + 50 + 60 + 10 + 10 + 10 = 210 pontos 

O Botafogo não disputou nenhuma Libertadores, mas foi (junto ao Flu) quem mais esteve presente na Sul-Americana e com média de avanço maior. Ficou na 1ª fase em 2006, em 2007 chegou às oitavas-de-final e em 2008 e 2009 às quartas-de-final. Assim::

                                                          10 + 25 + 30 + 30 = 95 pontos


Já o Vasco, que foi o time carioca que mais brilhou fora do país na década de 90 esteve muito à quem do que se esperava de um campeão da Libertadores. Na principal competição continental nem deu o ar da graça e na Sul-Americana foram quatro participações: Ficou na 1ª fase em 2003 e 2006, chegou às quartas-de-final em 2007 e novamente morreu na 1ª fase em 2008.

                                                         10 + 10 + 30 + 10 = 60 pontos

Claramente a dupla Fla-Flu foi superior aos outros dois rivais no âmbito internacional. E entre Botafogo e Vasco é fácil apontar a superioridade do Botafogo. Mas entre a Dupla Fla-Flu é difícil estabelecer o primeiro colocado baseado apenas nos pontos. Até porque o Botafogo, que não disputou nenhuma Libertadores não estão muito longe. 

Por um lado o Fla foi premiado por ter participado mais vezes da Libertadores, enquanto o Flu foi quem chegou mais longe.


Concordam? Comentem!


Abs,
Vinícius Ferreira
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Adhemar acerta com o Serrano e volta aos gramados após seis anos aposentado

Adhemar foi o maior jogador da história do São Caetano, clube com o qual teve projeção nacional e internacional.





O maior jogador da história do São Caetano, Adhemar, vice-campeão brasileiro em 2000 e campeão das séries C e B pelo "Azulão", vice-campeão da Libertadores da América no ano de 2001, voltará a vestir a camisa azul em 2012. Desta vez o azul é da camisa do Leão da Serra.



Segundo meu amigo e jornalista Roberto Marcio, da redação do jornal da Tribuna de Petrópolis, que falou com a diretoria do Serrano e com o jogador na noite de ontem (16), está confirmada a contratação do atacante, que será apresentado pelo clube no dia 4 de março, no estádio Atílio Marotti. 

Adhemar foi o maior artilheiro do São Caetano, com 68 gols. Ele se destacou no cenário nacional pelo clube paulista na disputa da Copa João Havelange em 2000 (o Campeonato Brasileiro, que mudou de nome excepcionalmente naquele ano), quando o São Caetano estreou na primeira divisão e fez a final com o Vasco, na época em que o campeonato ainda não tinha o formato de pontos corridos. No ano seguinte, disputou a libertadores pelo Azulão, chegando à final da maior competição das Américas.




O atacante também teve passagem pelo Futebol Europeu, vestindo a camisa do Stuttgart da Alemanha.




Ele ainda teve uma passagem pelo futebol alemão. Entre as temporadas de 2001/2002 atuou pelo Stuttgart. Lá se tornou ídolo, mas não permaneceu muito tempo fora do país. Em 2002 retornou para o São Caetano, onde permaneceu por duas temporadas. Em 2004, ele foi jogar no futebol coreano, atuando pelo Seongnam. No seguinte, foi para o Futebol Japonês (Yokohama), e em 2006 retornou para o São Caetano, onde encerrou a carreira, aos 34 anos.

O atacante é conhecido pelo seu potente chute de esquerda (comparado ao chute de Roberto Carlos) e pela qualidade na bola parada. Começou como ala esquerdo, virou meia e depois se tornou atacante.

Aposentado, Adhemar chegou a ser comentarista no canal Band Sports.





















Recentemente, Adhemar era comentarista do Canal Band Sports e viu seu nome vinculado ao do Serrano pela mídia baseado nas declarações vindas da diretoria do clube de Petrópolis. Pego de surpresa, o atacante admitiu não conhecer o clube, mas disposto a ouvir uma proposta. E ela veio.

Perto de completar 40 anos, Adhemar tem alguns importantes desafios pela frente. Além da idade (avançada para um jogador de futebol), ele retorna após seis anos de aposentadoria, terá de buscar a forma ideal e driblar a idade. 

Raio X de Adhemar

Nome: Adhemar Ferreira de Camargo Neto
Nascimento: 27 de Abril de 1972
Natural de: Tatuí, São Paulo
Altura: 1,65
Peso: 60kg (médio, antes da aposentadoria)

Clubes:

- Estrela (1993-1994)
- São José (1994)
- Estrela (1995)
- São Bento (1995-1996)
- São Caetano (1997-2001)
- Stuttgart (2001-2002)
- São Caetano (2002-2004)
- Seongnam (2004)
- Yokohama (2005)
- São Caetano (2006)

Abs,
Vinícius Ferreira
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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

F1: Carros de 2012 podem ficar mais rápidos mas ficaram feios demais

Modelo apresentado hoje pela Ferrari em Maranello também aposta no bico com degrau.




























Todo ano é a mesma coisa engenheiros e projetistas e uma equipe de "malandros" buscam brechas no regulamento da F1 para trazer inovações que venham a trazer uma vantagem em relação ao rivais. Foi assim com os difusores duplos de 2009 que colocaram a Brawn GP (hoje Mercedes), uma estreante, muito a frente dos adversários.





Bem mais discreto o duto aerodinâmico da McLaren.
Ano passado foi a vez do duto aerodinâmico da Mclaren, que assim como o difusor duplo acabou sendo proibido. Algumas vezes, essas tentem a ficarem mais visíveis. E nem sempre com resultados elegantes. Quem não se lembra do bico de tamanduá da Mclaren ou o de tubarão da BMW Willians? 








Em 2012, já foram quatro lançamentos: Caterham (ex-Lotus), Force Índia, McLaren e, hoje, a Ferrari. Dessas equipes apenas a Mclaren deve ter tido um pouco de bom senso no que diz respeito à estética do carro. As demais inovaram, pelo que parece que vai ser tendência nos próximos lançamentos desse ano no tal do degrau no bico. 




Bico Tamanduá da McLAren

Bico Tubarão da BMW Willians



Horrível! confiram as fotos dos carros e olham como ficaram esquisitos, sem harmonia visual. Já tinham ficado esquisitos quando as regras obrigaram a aumentar o aerofólio dianteiro e diminuir o traseiro, mas esse ano se superaram.



Cadeham, ex-Lotus, adota visual extravagante.
McLaren opta por visual mais conservador
Claro que o que importa é o resultado, mas quem acompanha F1 e esporte motor em geral é fan de automóvel também e quem não quer ver um carro que una beleza com eficiência? 


Eu ainda aguardo o lançamento do carro da Red Bull. Se Adrian Newey apostar nessa porcaria de degrau o negócio deve ser eficiente mesmo, caso contrário (e aposto muito no talento de Newey) as equipes que usarem essa 'beleza' de bico vão continuar lentas e agora mais feias.







Outros modelos de 2012 já apresentados:



Force Índia aposta na inovação 


Mais conservadora, McLaren apresenta carro bem mais bonito que as rivais.




Abs,
Vinícius Ferreira  

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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Luxa fora do Fla, diz colunista do jornal O Globo


De acordo com o colunista do jornal "O Globo", Renato Maurício Prado, mesmo com a vitória ontem (1), por 2 a 0 o Fla sobre o Real Potosí, a diretoria resolveu quebrar o contrato de Luxa. Confira a baixo o texto postado pelo jornalista no Blog.




"Após uma manhã inteira de reuniões, na casa do vice-presidente geral Helio Paulo Ferraz, a presidenta do Flamengo, Patrícia Amorim, decidiu demitir todo o comando do futebol.

O primeiro a sair, por iniciativa própria, foi o ex-diretor executivo Luís Augusto Veloso, que reconheceu o desgaste generalizado nas relações entre dirigentes, comissão técnica e elenco e apressou-se a apresentar sua carta de demissão.
O depoimento sincero de Veloso acabou se tornando a gota d'água para a tomada final de decisão de Patrícia de demitir o gerente de futebol Isaías Tinoco e o técnico Vanderlei Luxemburgo, bem como os seus auxiliares diretos: o preparador físico Antonio Mello e o auxiliar Lopes Jr.
O próximo treinador do Flamengo será mesmo Joel Santana, que deverá trazer três de seus atuais integrantes na comissão do Bahia: o preparador físico Ronaldo Torres e os auxiliares Marcelo Salles - ex-braço direito de Andrade no Brasileiro de 2009 - e Mauricio Albuquerque. 

Paulo Angione, atual supervirsor do clube baiano, e que, no Rio, já teve passagens pelo próprio Flamengo, Vasco e Fluminense, é um dos nomes cotados para assumir as funções de Veloso e Isaías."

Blog do Renato:
Abs,
Vinícius Ferreira

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