sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Sete cariocas na Seleção: última vez foi em 1989

Charles, craque do Bahia, marcou dois gols/ Arquivo Jornal do Brasil
Além dos bons desempenhos de Jefferson, Cortês e Lucas no jogo contra a Argentina que valeu a taça do Superclássico das Américas, um outro ponto chamou atenção no jogo. Por 12 minutos, entre os 28 e 40 do segundo tempo, a Seleção Brasileira chegou a contar com sete jogadores de clubes cariocas contra três de São Paulo e um de Minas Gerais. Foi preciso buscar longe a última vez que isso aconteceu em um selecionado nacional. Foi em 1989.

Em 10 de maio daquele ano, em amistoso contra o Peru, o então técnico Sebastião Lazaroni colocou em campo quatro jogadores do Vasco, que foi o seu último time antes de chegar ao posto maia cobiçado do Brasil. O time era: Acácio (Vasco); Jorginho (Flamengo), Marcelo Djian (Corinhthians) (depois Mauro Galvão - Botafogo), André Cruz (Ponte Preta) e Mazinho (Vasco); Zé do Carmo (Vasco) (depois Cristóvão - Grêmio), Bismarck (Vasco) e Bobô (São Paulo) (depois Zé Carlos - Bahia); Bebeto (Flamengo), Charles (Bahia) (depois Vivinho - Vasco) e Zinho (Flamengo) (depois Edu Manga - Palmeiras). Os gols foram marcados por Charles, duas vezes, Zé do Carmo e Bebeto.

Eram outros tempos, quando montar uma seleção só com jogadores daqui ainda era possível. E o Bahia e a Ponte Preta ainda cediam jogadores de qualidade para o escrete canarinho. Destaques para o goleiro Acácio, que despontou no Serrano, e para o volante Cristóvão, que hoje é o técnico do Vasco. O técnico do Peru na ocasião era Pepe, craque das décdas de 50 e 60, do ataque santista de Pelé.



quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O que representa a vitória do Brasil contra a Argentina?


















A mídia faz grandes elogios a atuação da Seleção Brasileira na noite desta quarta-feira (28) contra a Argentina. Destacaram a volta da "alegria e da ousadia" ao time de Mano. Mas, vi "certos" exageros.

Para começar, essa história de "superclássico das Américas". Prezepada! Tratar essa partida como decisão de título? e comemorar levantando a taça no final (taça bonita por sinal)?! Era para tanto!? Para que foi isso? Título de verdade foi o da Copa América, que, aliás, nenhuma das duas seleções chegou nem perto de levar (pior para eles que não fazem isso há mais de 20 anos).

Ignore esta prezepada e o que temos?: um A-M-I-S-T-O-S-O (para que fique bem claro) entre as duas principais seleções da América (duas rivais). Mas, sem suas principais armas. Foram utilizados apenas os jogadores que não atuam na Europa (estes estavam disputando a Liga dos Campeões).

Sinceramente, o único atrativo do jogo era ver como se sairiam os jogadores que a torcida pedia na Seleção, já que estes teriam mais espaço com a ausência dos "europeus". E nesse sentido foi bom. Foi bom ver: o Cortês jogar com desenvoltura, sem sentir o peso da amarelinha; o Lucas fazer aquele belo gol e mostrar que não tem sido convocado por acaso; o Diego Souza entrar e dar uma assistência; ver que, caso não possamos contar com Julio César, o Jeferson pode se sair bem no gol; o Neymar voltar a marcar e a atuar bem, afinal sempre se espera muito dele, na Seleção.

Não dá para dizer que a Seleção fez uma "grande partida" contra um "adversário de peso". Aquela seleção da Argentina, de ontem, contava até com bons jogadores, em destaque o Montillo. Mas, prova de que o campeonato argentino não é o mesmo, atuando com jogadores que jogam "apenas" no país a Argentina não fez nada, ou quase nada. Para um time de tradição produziu muito pouco e viu o Brasil jogar como queria. Dá para dizer que a Argentina (de ontem) era um adversário de peso? Me atrevo a dizer que não.

Repito, o amistoso só serviu pra ver como se sairiam os convocados de primeira viagem e/ou que era convocados e não foram aproveitados antes. Parâmetro de verdade teremos quando enfrentarmos adversários mais fortes (ou com suas forças máximas) utilizando tudo o que temos, utilizando o time tido como "ideal" (afinal é ele quem precisa mostrar desempenho). 

Att,
Vinícius Ferreira     

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Faltam poucos detalhes para "F1 2011" sair do forno




A Codemasters lançou o trailer oficial do “F1 2011″, que tem data de lançamento prevista na Europa para o dia 23 de setembro. O terceiro game da franquia é de tirar o fôlego. O game terá momentos de mudanças nas condições de tempo, a asa móvel (DRS) e a grande novidade: o safety car. O "F1 2011" está disponível para PlayStation 3, XBox 360 e PCs.
O jogo está mais realista também. Um detalhe interessante são os pneus. Assim como na realidade, eles se desgastam mais rápido, afetam o desempenho e a dirigibilidade do carro. Assista os últimos releases da produtora.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

"As mil e uma noites" até a Copa de 2014

A partir de hoje, teremos mil dias e (e mil e uma noites, como no conto de Xerazade), para a realização da Copa do Mundo de 2014, a segunda Copa no Brasil. No conto, a personagem tentava engabelar o rei Xariar, todas as noites, para escapar da loucura dele e não ser morta no dia seguinte. Ela contava uma única história sem fim e o deixava curioso para saber o final.


Também estou curioso para saber o final da história que ouvimos todos os dias por aqui. É uma tragicomédia  pensar nisso, num dia significativo como o de hoje, em que faltam exatos mil dias (mil e uma noites) para realização da Copa do Mundo do Brasil. Qual será a história sem fim que vamos ouvir todas as noites? O Governo Federal dizer que "os estádios ficarão prontos no prazo"? que "teremos aeroportos novos até 2013"? que "teremos melhorias na infraestrutura urbana e na rede hoteleira"?


Bem... não é o que parece que vai acontecer. O anúncio do Brasil como sede da Copa de 2014 foi feito antes da realização da Copa da África. E, ainda assim, faltando pouco mais de 2 anos e meio para o evento (já tendo passado um ano e meio do prazo de preparação), nada parece ter mudado. Só ganhamos um monte de canteiros de obras espalhados pelo país (de orçamentos que só crescem, cifras bilionárias). No caso do principal palco desse espetáculo, o Maracanã, as obras estão paradas por causa da greve dos operários (que não tem a segurança adequada e ainda levam de brinde comida estragada).


Se formos falar dos aeroportos e das demais necessidades no que toca a infraestrutura, o quadro é medonho, assombroso. Se a Xerazade fosse contar uma história sobre a realização da Copa do Mundo de 2014 seria uma história de terror, de suspense, com mesclas de conspirações e de humor pastelão.


Att,
Vinícius Ferreira

 

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Fla-Flu pode ser adiado por causa de show de Justin Bieber





















O show do cantor canadense Justin Bieber marcado para acontecer no final de semana dos dias 8 e 9 pode adiar o um dos mais esperados Fla-Flus dos últimos anos. Além do jogo Botafogo e Bahia. A apresentação de Bieber será no Engenhão.


Vai ter torcedor reclamando, questionando a cessão do espaço para a apresentação do ídolo adolescente. Mas, deixando de lado a questão do gosto musical, alguém já parou para pensar no quanto custa manter o Engenhão funcionando?


Segundo o presidente do Botafogo, o gasto médio é de R$ 400 mil reais por mês. E quem pensa que ingresso de jogo por si só paga essa quantia, não se iluda. Pagaria com folga e com um bom lucro, se o Bota e os demais times que usam o Engenhão, tivessem a média de público que o Manchester United tem em sua casa, o Old Tradfor. média de 74 mil pagantes em todos os jogos da temporada. Detalhe, a ocupação máxima do estádio é de 76mil.


Não é essa a realidade do Engenhão e de tantos outros estádios brasileiros. Se o jogo é no meio da semana, as arquibancadas ficam as moscas. Se o time vai mal das pernas então.... ihhhh  melhor nem pensar.


E como se paga essas contas? Tornando o estádio uma arena multi-uso. Esse tem sido o modelo mais sustentavel encontrado no país e em outros continentes também. Para se ter uma idéia, com o Show do Paul McCartney em maio desse ano, o Botafogo faturou em um final de semana, o que não levaria em 15 jogos de casa cheia.


E alguém tem dúvida de que os shows do canadense vão ser muito rentáveis? Alguém assistiu as matérias nos telejornais com as fãs estéricas se matando nas filas para comprar ingresso (não importando quan.to estava custando).


O futebol do Rio evoluiu muito nos últimos anos. O Fla e o Flu são os atuais campeões brasileiros (2009 e 2010), ambos retornaram à Libertadores após anos de ausência. Esse ano então a coisa ficou ainda melhor. O Vasco foi campeão da Copa do Brasil e já garantiu presença na edição 2012 da Libertadores. E o que falar da participação dos cariocas no Brasileirão 2011? Todos na briga pela ponta da tabela. 


Só é uma pena, que essa evolução só se dá dentro das quatro linhas. Fora de delas, o que se vê é falta de estrutura e uma modernização que caminha a passos muito lentos. O que falar dos ratos dos vestiários das Laranjeiras?


Att, 
Vinícius Ferreira 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Embalado, Flu foi o maior beneficiado da rodada













A quarta vitória seguida no Brasileirão. Invicto no segundo turno. E o Flu está de novo credenciado para a disputa do título, em busca do tetra. Além da importante vitória contra o líder Corinthians (no clássico jogo de seis pontos) o Flu ainda quebrou um tabu (não vencia os alvinegros desde 2005).
Com a vitória deste domingo, os comandados de Abel Braga ainda ultrapassaram o rival Flamengo (que não somaram pontos ainda no segundo turno) e ainda viram Bota e Vasco tropeçarem.
Com o moral elevado, o time enfrenta agora o Bahia, domingo, em Pituaçu, onde tentará manter o aproveitamento de 100% no returno, que o tirou do 11º para o quinto lugar, atropelando a tudo e a todos, deixando rastros de destruição aqui e acolá. É a redenção do campeão brasileiro.


O Fluminense foi o grande vitorioso da rodada. Venceu e contou com a derrota de praticamente todos os clubes que estavam à sua frente. Só o Vasco empatou. Em um campeonato tão equilibrado, uma rodada como essa deve ser muito comemorada por todos nas Laranjeiras. Manter os pés no chão, observando, sobretudo, os problemas ainda existentes (como erros de posicionamento e a não valorização da posse de bola), é a chave-mestra para o Flu continuar trilhando o caminho do sucesso.
Além disso, o Flu cresce em momento crucial do campeonato. Se antes o time das laranjeiras oscilava na tabela, o time embalou no momento em que os rivais que estão à frente não conseguem constância. Foi assim com o Fla em 2009, que arrancou no segundo turno, venceu os jogos-chaves e viu os rivais tropeçaram na reta final. 
Mas, ainda é cedo demais para apontar um campeão em um campeonato em que, do primeiro ao quinto, a diferença é de apenas 6 pontos (duas vitórias e dois tropeços).

Att,
Vinícius Ferreira