quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Novo equilíbrio de forças?


Neymar e Cia terão a responsabilidade de se manter à frente dos rivais em 2015/2016.

A temporada europeia de futebol já começou, mas tem muito time ainda fechando o elenco - a janela de transferências termina no fim do mês. Depois de ver o Barça conquistar mais uma Champions, os gigantes do velho continente tentam encorpar os planteis para voltarem ao protagonismo. Mas, quem serão os times a serem batidos na próxima temporada?

Principal contratação do Barcelona até o momento, Ardan Turan reforça a defesa.
Na Espanha, o Barcelona reforçou a defesa. Trouxe, do Atlético de Madrid, o zagueiro Arda Turan e o lateral-direito Aleix Vidal. Mas, perdeu nomes como o meia Xavi, que já estava encostado no banco de reservas na temporada passada, e o lateral reserva Montoya. Está prestes a perder também o reserva do trio MSN, o atacante Pedro, especulado no United. Com isso, a base do time catalão segue praticamente inalterada, com Ter Stegen, Mascherano (ou Turan), Piqué, D. Alves, Alba, Busquets, Rakitic, Iniesta, Neymar, Suares e Messi.

O Real apresentou para a Temporada o lateral-direito Danilo, do Porto.
O rival, Real Madrid, também esteve longe de ser protagonista nas contratações, como foi em temporadas anteriores. Perdeu o arqueiro Ikker Casillas para o Porto e viu melar a negociação por De Gea do United. Para cobrir o buraco (ainda maior com a lesão de Navas) trouxe o "outro Casillas", goleiro do Espanhol. Tiveram mais reforços na defesa, chegou Danilo do Porto. O volante Casemiro, que estava emprestado para o ex-time de Danilo, retornou. Mas, os torcedores merengues sentiram também um frio na barriga. O Real perdeu Khedira para a Juve e viu suas principais estrelas especuladas em outros clubes (Bale - United, Benzema - Arsenal, CR7 - PSG e United, Sérgio Ramos - United). Caso nada mude até o fim da janela de transferências, o Real segue com a mesma base da temporada passada: K. Casillas/ Navas, Pepe, S. Ramos, Carvajal/Danilo, Marcelo, Illara/Casemiro, Isco/J. Rodrigues, Modric, Kroos, C. Ronaldo, Benzema e Bale.

A novela Di Maria finalmente terminou com final feliz para o PSG e para o meia argentino.
Da Espanha para a vizinha França. O time da capital, Paris Saint Germain, pode perder o sueco Ibra, mas já apresentou um nome de peso, o meia argentino Di Maria, que apesar do investimento alto, não teve no seu último time (o M. United) o mesmo brilho de quando venceu a Champions pelo Real. Nomes como Stambouli do Tottenhan chegam para compor elenco. A boa notícia é que o brasileiro Lucas começou a temporada em bom nível. Mas, o PSG ainda corre o risco de perder não apenas Ibra, mas também Cavani, Lavezzi e Pastore. A base é esta: Sirigu, T. Silva, D. Luiz, Aurier, Maxwell, T. Motta, Matuidi, Verrati, Lavezzi/Lucas, Ibrahimovic e Cavani.

Scheweinsteiger agora é um Red Devil.
Na Inglaterra, um dos times que mais vem movimentando o mercado é o Manchester United. Seja pelas perdas de nomes como V. Persie (Fenerbahçe), F. Garcia (Chelsea), Di Maria (PSG) e Rafael (Lyon), seja pela contratação do atacante Depay e do volante alemão Bastian Schweinsteiger (do Bayer de Munich). O time de Van Gaal, ainda precisa repor as perdas na frente e reforçar a defesa, se quiser fazer frente a rivais ingleses e de outros países. Por isso, especula nomes como Sérgio Ramos (Real), Pedro (Barcelona), Bale (Real) e Otamendi (Valencia). Para compor o time reserva chegaram nomes como o goleiro argentino Sergio Romero, o lateral-direito Darmian (do Torino), o meia Schneiderlin (Southampton). A base: De Gea, Valência, Smalling, Jones, Blind, Herrera/Schweinsteiger, Matta, Felaini, Young, Rooney e Depay.

Falcão Garcia tenta retomar a boa fase em outro clube inglês.
O atual campeão da Premier League, o Chelsea, do técnico José Mourinho, é outro que perdeu nomes de peso, mas repôs muitos deles à altura e ainda fez apostas. Sairam o veterano Drogba e o brasileiro Felipe Luis. Dos diabos vermelhos veio Falcão Garcia e o time de Mourinho apostou ainda na chegada de dois jovens brasileiros. O meio-campo Nathan, Atlético Paranaense e o atacante Kenedy, cria do Fluminense e que já jogou durante a pré-temporada, sendo inclusive elogiado pelo técnico português. A base do time campeão segue a mesma: Courtois, Jhon Terry, Gary Cahill, Ivanovic, Aké/Azpilicueta, Matic, Fábregas, Willian, Oscar, Hazard e Diego Costa/Falcão Garcia. O time londrino deve ainda apostar em jovens da base e recém contratados como Kenedy.

Peter Cech foi o principal reforço do Arsenal até agora.
Outro time da capital, o Arsenal, também vem lutando para voltar a brigar pelo menos pelo campeonato inglês. Se ainda não fez uma grande contratação para a temporada, o time segue com a boa base formada por: Ospina/Cech, Mertesacker, Koscielny, Debuchy, Monreal, Coquelin, Ramsey, Cazorla,Walcott, Ozil e Giround/Alex Sanchez.

Firmino chegou ao Liverpool para repor a perda de Sterling,
Outro time com mudanças pontuais foi o Liverpool, que teve como grande investimento a contratação do brasileiro Roberto Firmino. O time da terra dos Beatles trouxe ainda o atacante Benteke, do Aston Villa, e o lateral do Southampton Clyne. O time, no entando, perdeu dois nomes importantes. O veterano Gerrard deixou o clube para atuar nos EUA e o bom atacante Sterling foi para o rival Manchester City. Outros nomes como Coutinho, Lucas leiva e Balotelli são especulados em outros clubes concorrentes. A base do time: Mignolet, Sakho, Skrtel, Clyne, Moreno, Can, Henderson, Coutinho, Milner, Firmino e Benteke/Sturridge/Balotelli.

Sterling é o principal nome do poderoso Manchester City.
E na Inglaterra o que não falta é time poderoso. O Manchester City é outro, que como o Real Madrid, protagonizou compras nas últimas janelas de transferência, mas que tem sido mais tímido nesta. Tirou Sterling do Liverpool. Além dele, chegaram jogadores para compor elenco como os meio-campistas Delph do Aston Villa e Patrick Roberts do Fulham. Do time saíram nomes como Dzeko, que foi para Roma, mas que vinha encostado no banco de reservas. Benzema, Alex Sandro, De Bruyne, Pogba e Pedro são especulados no City. A base: Joe Hart, Mangala Kompany, Sagna, Kolarov, Yaya Touré, Fernandinho, David Silva, Jesus Navas, Sterling e Aguero.

Vidal é um dos grandes nomes a compor o já recheado de estrelas elenco de Munich.
Na Bundesliga, o Bayern de Munich, que busca o tetra campeonato, também é outro time que tem seus craques sendo seduzidos pelo dinheiro dos concorrentes. Schweinsteiger já deixou o clube alemão, a contragosto do técnico Pep Guardiola. Alaba (Real Madrid), Müller (M. United), Götze (Juventus) e o próprio Guardiola (Manchester City) são nomes que podem deixar o clube. O time também sonha grande, Trouxe Vidal (Juventus) e Douglas Costa (Shaktar Donetsk). Pogba (Juventus) e Bartra (Barcelona) são outros nomes especulados. A base: Neuer, Rafinha/Dante, Boateng, Benatia/Badstuber, Bernat/Alaba, Xavi Alonso, Lahn, Vidal, Thiago/Götze/Robben. Müller/Ribery e Lewandowski/Dopuglas Costa.

Khedira vem para ocupar o lugar que um dia foi de Pirlo.
No Calcio, os grandes times vem passando por uma profunda reformulação. Mesmo a Juventus, finalista da Champions, começa a temporada 2015/2016 como um time bem diferente do fim da temporada passada. Pirlo foi se aposentar nos EUA e Tevez no Boca Juniors, da Argentina. Vidal foi para o Bayern. Dos grandes nomes do elenco falta apenas Pogba escolher com qual clube vai assinar. A reposição das perdas começou com a chegada do volante Khedira, do Real Madrid, e continuou com a chegada do atacante Mandzukic, do Atlético de Madrid. Outras soluções foram "caseiras" com a chegada do goleiro Neto da Fiorentina e do atacante Dybala, do Palermo. O time: Buffon, Chielini, Bonucci, Lichtsteiner, Evra, Marchisio, Khedira, Pogba, Tello, Morata e Llorente/Manzukic.


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Ronaldinho, uma griffe ainda na moda

Ronaldinho estreia pelo Fluminense.
A chegada de Ronaldinho Gaúcho ao Fluminense, como não podia deixar de ser, veio cercada de incógnitas. Vale gastar tanto? Por que colocar um jogador "problemático" em um time que está encaixado? Ele está a fim de jogar bola, mostrar empenho aos 35 anos? Não vai desestabilizar o bom ambiente do Flu?

As respostas começaram a ser dadas mesmo antes da estreia do craque, contra o Grêmio, pela 16ª rodada do Brasileirão, no último sábado. No que diz repeito ao marketing, o nome de R10 mostrou que ainda tem peso, foi um dos mais citados nas redes sociais - superando o de Paolo Guerreiro, recém contratado do rival Flamengo. Além disso, o gaúcho atraiu dezenas de pessoas para os treinos nas Laranjeiras e o programa sócio-torcedor do tricolor carioca foi alavancado, ganhado quase 10 mil novos adeptos.

Mas, é claro que toda essa empolgação teria recebido um banho de água fria, se R10 tivesse um desempenho ruim em seu primeiro jogo. O Fluminense arriscou. Colocou o mais novo astro em campo, mesmo tendo apenas uma semana de preparação, mesmo sem saber se aguentaria jogar 45 minutos. Era uma estratégia para manter o foco em Ronaldinho, manter o nome do Fluminense na mídia.

E o resultado dessa aposta teve saldo positivo. Se a antiga classe apareceu em lances ocasionais, como no lançamento que originou o gol de Marcos Júnior (após intervenção de Wellington Paulista) e o passe que quase resultou no gol de Magno Alves, a vontade de mostrar que ainda tem algo a oferecer ficou evidente nas tentativas de roubada de bola, como nos carrinhos que resultaram em um cartão amarelo para o craque.

R10 comemora o gol de Marcos Júnior.
Ronaldinho correu, marcou, aguentou os 90 minutos em campo, mesmo depois de dois meses sem atuar. Se não é (e não será) o jogador que há dez anos encantou o mundo com um talento e condições físicas excepcionais, é para o futebol brasileiro um jogador que ainda pode fazer a diferença - especialmente pela carência de grandes jogadores, diante da incapacidade dos clubes de reterem as principais promessas.

O Ronaldinho do Flu, com vontade, com sequência, com ritmo de jogo, pode voltar a ser o jogador de dois anos atrás, que decidiu jogos para o Atlético Mineiro e que ajudou a melhorar o desempenho de jogadores como Jô e Bernard. No Flu, aliás, a empolgação é grande de moleques como Marlon e o próprio Marcos Júnior, que estão estasiados com a possibilidade de atuar ao lado do cara que eles viram pela TV metendo aquele golaço contra a Inglaterra na Copa de 2002 e saindo de campo aplaudido de pé pelos torcedores merengues, depois de ter destruído o time da casa.

Ronaldinho segue como esperança de ajudar o Flu a brigar pelo título do Brasileirão.
Se havia dúvida quanto à disposição e o ambiente, parece não haver mais. Se ainda há dúvidas quanto à contratação, se R10 poderá fazer a diferença, elas serão respondidas nos próximos capítulos dessa história.


Festa da torcida

Outro ponto positivo a se destacar dos primeiros passos do craque pelo tricolor carioca foi a festa que a torcida fez para R10 no Maracanã. Um belo mosaico 3D, lembrando a festa que a torcida do Borussia faz para seu time na Bundesliga. Além disso, foram mais de 30 mil torcedores, um número expressivo para o futebol brasileiro atualmente.

Mosaico tricolor no setor sul do Maracanã dá boas-vindas à Ronaldinho.