sábado, 17 de dezembro de 2011

Dá para vencer o Barça? Dá. Saiba o que pode beneficiar o Santos na final



Que o Barça é um timaço (um dos melhores de todos os tempos) não há dúvida. Se nem o Real Madrid com o técnico e as estrelas que tem conseguiu bater o Barcelona de Messi e Xavi, que chance tem o Santos? Parece impossível, mas mesmo o Barcelona não é imbatível e alguns fatores podem contribuir para que o time brasileiro de Neymar, Ganso, Muricy e Cia bata os espanhóis na partida que acontece às 8h30 da manhã deste domingo (18).

Lesões

O Barça teve uma baixa significativa com a lesão sofrida por David Villa no jogo contra o All Saad, primeira partida do mundial. O espanhol sofreu uma fratura na estreia, e já voltou à Catalunha. Seu substituto, o chileno Alexis Sanchez (que marcou o primeiro gol no clássico contra o Real Madrid, há uma semana), também teve de sair de campo, ao sentir dores no decorrer da partida. Se não puder jogar, Guardiola terá apenas uma opção, Pedro - um jogador competente, mas não muito mais que isso. Se for bem marcado, o atacante reserva pode passar em branco na partida.

Desgaste

Se o Santos vem desde o meio do ano se preparando para o Mundial, já que no Campeonato Brasileiro não tinha muitas pretensões em posições intermediárias da tabela e, além disso, ainda viajou uma semana antes para o Japão para se adaptar, o Barcelona por outro lado vem de uma maratona pesada de jogos, Campeonato Espanhol, Champions League e um clássico dificílimo contra o rival Real Madrid. A chance do Santos, de que o Barcelona não faça uma partida excepcional (o que tornaria impossível a vitória do Santos, o que já é muito difícil em condições normais), aumenta com esses fatores. 

Defesa

O Barça é um dos melhores times do mundo... do meio de campo para frente. A defesa nunca foi grande coisa. Valdes não é mais do que um goleiro mediano. Puyol se destaca mais pela raça do que pela técnica. Piquet vive de Lampejos e Abidal é outro nome mediano. A exceção do setor é Daniel Alves (que compromete ao defender já que está mais para ponta do que defensor).  Um time que tem Neymar e Ganso tem total condição de furar esse sistema defensivo. Além disso, o lateral Daniel Alves costuma atuar quase como ponta - e ele joga justamente no lado do campo em que Neymar sente-se mais à vontade.

Efeito Gabiru

O Barcelona tem em sua memória recente um belo tropeço na final do mundial contra um time Brasileiro.Nas outras duas ocasiões em que esse cenário se repetiu, o time catalão era visto como quase imbatível - aliás, as duas formações, de 1992 e 2006, estão na história do Barça como dois dos times mais espetaculares já montados na Catalunha. Ainda assim, o Barça sofreu duas derrotas, ambas no tempo normal. Em 1992, abriu o placar com Stoitchkov, mas sofreu a virada do São Paulo com dois gols de Raí. Em 2006, com Ronaldinho Gaúcho em campo, perdeu para o Inter, com gol de Adriano Gabiru.

O Favoritismo

É fato que favoritismo é um fardo que incomoda qualquer um. Se você vence não fez mais do que a obrigação, se perde.... Bem para a imprensa internacional, o Barcelona entra em campo como grande favorito. O time de Messi carrega para o gramado a obrigação de não apenas vencer como também dar espetáculo. Mesmo não dando ao torneio a mesma importância que o Santos dá, a equipe catalã terá de arrumar motivação para fazer o que se espera dela. As derrotas de 1992 e 2006 aumentam ainda mais o peso do favoritismo do Barça. Se vencer, terá feito apenas o que se espera dele. Em caso de derrota, terá fracassado mais uma vez contra times brasileiros, e arranhado o prestígio internacional construído por anos e anos de vitórias. Além do mais, deixa de ser "imbatível", o exemplo do Santos pode vir a motivar outras equipes a encarar o Barça com menos medo.


Abs,
Vinícius Ferreira
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