E teremos Schumacher por mais uma temporada na Fórmula 1. A informação foi foi confirmada pelo próprio piloto da Mercedes em declaração ao "Planet F1".
Há sete, oito anos atrás, essa notícia seria extremamente bem aceita pelos fãs do piloto alemão. Mas, hoje o efeito é o mesmo?
Que Michael Schumacher foi um dos melhores pilotos da história da F1, o mais vitorioso, não há dúvida. A única dúvida que fica é se vale à pena continuar guiando tendo em vista o desempenho atual do heptacampeão mundial e levando em consideração que ele já conquistou tudo que era possível, bateu quase todos os recordes.
Os dois anos longe das pistas tornaram Schumacher aposentado, mesmo após seu retorno. Ele parou no tempo. Num mundo onde a tecnologia evolui a cada instante, passar dois, três anos fora, é como ter de trocar a máquina de escrever pelo computador.
Me parece que é mais do que motivação. Se não tem carro para competir com Ferrari, McLaren e Red Bull, Schumacher não é capaz de bater nem o jovem (e talentoso) companheiro Nico Rosberg, que vem batendo o alemão sumariamente nas pistas.
Verdade que em alguns momentos Schumacher chegou mostrar lampejos do que foi um dia. Mas foi só. Ele não é (e duvido muito que voltará a ser) o piloto que foi na Ferrari até 2004.
E sejamos justos, não é apenas por conta dos anos parados que Schumacher perdeu rendimento. Desde que foi superado por Alonso, em 2005, surgiram novos talentos na F1, que goza de uma safra muito boa.
Além do Espanhol (pra mim tecnicamente o melhor hoje), ainda tem Lewis Hamilton, Sebastian Vettel. Esses num primeiro escalão. Em seguida, vem Jenson Button e Felipe Massa. Além do polonês Robert Kubica.
Por que continuar? Inteligentes são aqueles que sabem a hora de parar. E inteligência o alemão sempre demonstrou nas pistas.
Abs,
Vinícius Ferreira
