sábado, 20 de agosto de 2011

Uma mulher no volante... de um F1?!




Já não é a primeira vez que um chefão de uma equipe de F1 tenta dar chance a uma mulher de testar um bólido. Mas essas ocasiões são raríssimas. Nesta semana, a espanhola Maria de Villota, filha do ex-piloto de F1 Emílio de Villota, teve a sua chance.

Antes dela, a última mulher a sentar num banco de um monoposto da principal categoria do automobilismo foi a inglesa Katherine Legge, que guiou uma Minardi em 2005.

O teste da espanhola aconteceu no circuito de Paul Ricard, na França. Lá, a piloto de 31 anos, correu 300km com o modelo 2009 da Renault Lotus (equipe do Bruno Senna). E ela até "andou bem", "teve tempos de voltas razoáveis" e "não deu um passo errado durante todo o dia", de acordo com o chefão da equipe Renault, Eric Boullier. 

E na história da F1, foram cinco mulheres que chegaram a pilotar. A mais famosa delas foi Leila Lombardi. Isso por que conseguiu o feito histórico de marcar um ponto, obtido através de um sexto lugar. Tudo bem que foi um gp encerrado por causa de um acidente.

Fora esse sexto lugar, o segundo melhor resultado de Leila foi a sétima posição no GP da Alemanha (em que nove carros terminaram a prova). Fora isso sempre figou nas últimas posições, quando conseguia se classificar para uma prova. Pode parecer sarcasmo ou até cômico dadas as circunstâncias das corridas. Mas, se formos pensar que tem marmanjos que passam pela principal categoria do automobilismo mundial e no no seguinte nem lembramos os nomes deles, é um feito relevante.

Os resultados de Leila e a quase completa ausência de mulheres-piloto na história da F1 (nenhuma nos últimos 30 anos) leva a uma questão: Por que tão poucas mulheres?

Vai ter gente dizendo que mulher só sabe pilotar fogão. Exagero. Mas não acho exagero dizer o seguinte. Esse é um universo masculino, com poucas "penetras" e não sem razão. É a natureza.

Homens são melhores motoristas (em sua maioria), por uma razão muito simples, tem o cérebro mais adaptado a lidar com o domínio espacial. Não confunda o fato de um homem jovem tipicamente ser imaturo e descuidado ao volante, até mesmo por um instinto natural de agressividade, com o fato de ser um bom piloto, no limite da coisa. Na F1, a prudência das mulheres jovens em nada adianta para ganhar uma corrida, e aí vale apenas o aspecto técnico, de domínio do tempo, espaço e aceleração. 


Não achem genias pilotos que só conseguem um bom desempenho em ovais onde são beneficiadas pelo menor peso graças à menor massa muscular. Danica Patrick nunca ganhou uma corrida, mesmo tendo uma vantagem absurda em relação a seus adversários na FIndy. E não creia que não existem milhões de empresas com um interesse comercial tremendo de ver uma mulher na F1. O que falta é mão-de-obra qualificada mesmo. Brincar na Indy, tendo um carro vinte quilos mais leve, é fácil...Agora, vai na F1 em que 3 quilos fazem a diferença, e lá se conta, corretamente, o peso carro + piloto, e não somente do carro.






Abs,
Vinícius Ferreira