quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Flu joga melhor mas perde nas falhas da defesa



Não deu para o técnico Marcelo Veiga e a garotada do Fluminense levantar a taça da Copinha de 2012, o que seria o sexto título do Flu e encerraria um jejum de 23 anos do tricolor na competição. Na partida que terminou agora à pouco no Pacaembu (SP) saiu vitorioso o Corinthians, 2 a 1 de virada, em dois lances idênticos, dois gols de escanteio em cima da falha da defesa do Flu.

O Tricolor das Laranjeiras foi melhor durante toda a partida, teve mais finalizações que a equipe paulista e finalizações mais consistentes. Mas como diz a máxima do futebol "quem não faz leva" e foi assim, principalmente com o atacante Marcos Junio do Flu que cansou de desperdiçar chances. No primeiro tempo foram cinco, três delas muito claras chances de gol.

No segundo tempo de vilão Marcos Junio ameaçou uma redenção, foi dele a jogada que terminou no gol de cabeça de Michael. O Flu parecia que derrubaria o Corinthians, parecia ter espantado a urucubaca do primeiro tempo e parecia que os gols sairiam com mais naturalidade, naturalidade que faltou no primeiro tempo, parecia...

De novo as chances desperdiçadas e dessa vez o castigo. Em lance de escanteio, a zaga do Flu falhou e sofreu o empate. A partida ficou lá e cá até os 43' do segundo tempo e as chances desperdiçadas foram a sentença do Flu. Uma nova falha na zaga e Antônio Carlos marcou para o Corinthians. O gol do título.

O time paulista soma agora oito títulos na competição. Mesmo tendo a melhor campanha não foi merecedor da vitória da partida final.

Título contra formação

É claro que a vitória da projeção, uma campanha de título amadurece, mas é importante diferenciar conquistas de formação. Títulos são importantes, sem dúvida, mas nas categorias de base, onde o foco é formar atletas o que é mais importante: título ou atletas formados prontos para o profissional? 

E nessa tecla que o técnico Marcelo Veiga vem batendo e tentando esclarecer desde o início da competição. "Minha função principal é fornecer jogadores para o profissional". Não que o técnico petropolitano seja avesso a conquistas, pelo contrário, foram 14 em 9 anos de clube, mas ele faz questão de destacar que foca na formação dos jovens.

De importante dessa competição é que o Flu apresenta alguns bons talentos, como Higor e o próprio Marcos Junio. O primeiro acredito já merecer uma chance entre os profissionais, se não agora talvez no próximo ano. Já o segundo, se ainda peca muito na finalização tem ótima movimentação, ótimo drible e é muito oportunista. Se melhorar alguns fundamentos, pode tornar-se um bom atacante.


Abs,
Vinícius Ferreira   _________________________________________________________________________________________________