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Poderia ser apenas mais uma partida do Campeonato Estadual de Futsal. Mas uma incrível coincidência faz com que o jogo contra o Botafogo, nesta sexta-feira (12), às 16 horas, no Ginásio da UCP, no Bingen, em Petrópolis, tenha um charme especial. Há dez anos, estas mesmas equipes se enfrentaram na decisão do Estadual e o Petrópolis Esporte Clube levava para casa seu primeiro troféu de uma série de sete no Rio de Janeiro.
A decisão do Estadual de 2002 ocorreu no dia 7 de outubro, no Ginásio Didi, em Duque de Caxias. Após empate em 2 a 2 no primeiro jogo, novo empate pelo mesmo placar no segundo encontro. A partida foi para a prorrogação e o time serrano, azarão até aquele momento, venceu por 3 a 2 o tempo extra e conquistou o primeiro título, com menos de um ano de fundação.
Daquele grupo, há poucos remanescentes. O fixo Vinícius e o pivô Sixel são os únicos atletas que jogaram aquela partida. Além dele, o supervisor Milton Foster, o preparador físico José Ferreira Neto (atualmente gerente do clube) e o mordomo Zé Porquinho ainda estão no clube.
– Foi o início de tudo. Era um time desacreditado, apesar de ter chegado à final. Foi uma surpresa, um título inédito para o interior e todo o favoritismo era deles. E eu acredito que continua sendo assim. O Botafogo é favorito pela Liga que fez e ainda vive um momento melhor, já que nossa equipe teve uma grande renovação – avalia Sixel.
A partida deste ano mostra uma situação bem diferente daquela ocasião. O Poker/PEC busca a liderança isolada do Estadual. A equipe serrana tem sete pontos ganhos (duas vitórias e um empate, em três jogos disputados), mesma pontuação do adversário, que perde nos critérios de desempate. Além disso, os petropolitanos têm um jogo a menos.
Será também um reencontro para a torcida, que não vê o time jogar em casa desde o dia 23 de julho, quando o Poker/PEC foi derrotado pelo Atlântico Erechim, por 2 a 0, ainda pela segunda fase da Liga Futsal. O resultado negativo foi decisivo para a eliminação da equipe na competição.
De lá para cá, aconteceram mudanças importantes. O técnico Paulo Mussalem, por exemplo, assumiu o comando da equipe, mas só agora fará sua estreia diante da torcida. Sixel é outro que ainda não reestreou com a camisa do Poker/PEC no Ginásio da UCP:
– Meu último jogo foi no ano passado, quando deixei o clube. Depois que retornei, ainda não atuei em casa. E estou muito ansioso por este reencontro. Tenho feito bons jogos, mas estou sem conseguir marcar um gol. E estou seco para fazer. Tomara que a gente consiga uma grande vitória, contra um adversário de ótima qualidade. Não poderia ser mais perfeito.
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